segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pelo menos 18 pessoas já perderam a vida desde maio na BR – 392, que liga Pelotas a Caçapava do Sul

Neste final de semana mais sete pessoas morreram

Segundo a versão online do jornal Zero Hora, o número de acidentes dos últimos três meses da rodovia, uma das mais importantes para o sul do Estado, impressiona e serve de alerta para quem a usa regularmente: foram pelo menos 18 mortos em colisões desde maio.
Um elemento une as três colisões mais graves, que mataram, respectivamente, quatro, cinco e, neste domingo, sete pessoas. Todos ocorreram à noite. O primeiro acidente dessa série de desastres, e que chocou o Estado, matou quatro integrantes da mesma família no dia 9 de maio. Todos estavam em uma Belina e viajavam até Santana da Boa Vista para celebrar o Dia das Mães.
Mais de dois meses depois, outro grave acidente abalou a região. Na noite de 27 de julho, houve uma colisão frontal entre um Uno, com placas de Curitiba, e um Gol, com placas de Canguçu, que deixou três mortos no local. O acidente aconteceu no km 120 da rodovia. Outras duas pessoas morreram no dia seguinte, elevando para cinco o total de vítimas.
No dia 5 de julho, morreram ainda duas pessoas em uma colisão na altura no km 157. Uma Parati seguia na direção de Pelotas quando bateu de frente com um Fusion. No choque, morreram as duas pessoas que estavam na Parati. O condutor do Fusion sofreu lesões leves.
Mas a BR-392 ficou conhecida em todo o país no início de 2009. No dia 15 de janeiro, o ônibus que transportava a delegação do Brasil-Pe virou em uma alça de acesso da rodovia. No acidente, morreu o atacante e ídolo do clube, o uruguaio Cláudio Milar, além do zagueiro Regis Alves, de 29 anos. Também morreu o preparador de goleiros Giovani Guimarães
Ontem mais sete pessoas morreram
O local do acidente onde sete pessoas morreram na noite de ontem tornou-se um ponto de encontro para parte da comunidade de Canguçu.
Apesar da noite fria, dezenas de pessoas se dirigiram ao km 122 da rodovia Pelotas-Caçapava do Sul (BR-392), assim que souberam da tragédia. Em primeiro lugar, queriam verificar se havia parentes entre as vítimas.
Mas o isolamento total do trecho, nos dois sentidos, evitou a aproximação de curiosos onde as equipes trabalhavam para retirar os corpos.
Próxima ao Escort, uma combinação triste montava o cenário da tragédia: um pequeno cobertor e uma bolsa de roupas cor-de-rosa que pertenciam à Luiza Lemos, dois meses, juntas ao veículo parcialmente destruído.
A colisão dizimou duas famílias. Segundo a PRF, no Uno morreram o condutor do veículo, Nelson Rollof Filho, de 29 anos, a mulher dele, Vanderleia Elert, de 25 anos, o filho do casal, Adriel Elert Rollof, de 5 anos, e o pai de Nelson, Nelson Rollof, de 68 anos. A mãe do motorista, Lili Roloff, 65 anos, foi hospitalizada em estado grave. Eles retornavam da festa de aniversário de um parente. Moradores da localidade de Lagoa do Junco, são plantadores de fumo no município.
No Escort, as vítimas são Maurício dos Santos Lima, de 25 anos, a mãe dele, Edilia dos Santos Lima, de 65 anos, e a filha dele, a bebê de dois meses Luiza Lima. A mulher de Maurício, Fernanda Lima, foi internada em estado regular.
Duas ambulâncias, além de viaturas da BM e da PRF, foram ao local para prestar socorro e isolar a área. O trabalho dos peritos começou por volta das 21h no local do acidente. Socorristas que trabalharam no atendimento, mesmo com experiência em acidentes, se disseram impressionados, principalmente, por haver crianças entre os mortos.
Segundo testemunhas que chegaram à rodovia pouco depois do acidente, não havia neblina na região no momento do choque. O motorista da F-250 afirmou que as condições de visibilidade eram normais. O trecho onde ocorreu o acidente é uma reta em que é possível ver de longe o veículo que se desloca no sentido contrário. As causas do acidente ainda serão investigadas

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