quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Testemunhas de defesa do Prefeito começam a depor na CPP


Nesta quarta-feira, dia 20, a Comissão Parlamentar Processante (CPP), formada pela Câmara de Vereadores para processar de maneira política administrava, o Prefeito de Caçapava do Sul, Zauri Tiaraju de Castro (PT), em cinco fatos determinados: a compra de pneus, a contratação de uma cooperativa de trabalho, a reforma de uma escola, o uso de cheques da Prefeitura para pagar contas particulares e o não cumprimento de mandado de segurança expedido pela justiça, começou a ouvir as testemunhas de defesa, indicadas pelo Prefeito.
A sessão começou às 9 horas e se estendeu até as 13 horas, onde testemunharam três pessoas das 10 indicadas pela defesa, as outras sete não compareceram e devem ser intimadas novamente.
O primeiro a depor foi o empresário Paulo Monego, onde respondeu primeiro os questionamentos da defesa do Prefeito, que é o advogado Edson Kosmann, após a relatora do Processo, vereadora Rosane Abdala fez as perguntas. O empresário contribui com a Comissão principalmente nos fatos relativos a compra de pneus, feito pela Prefeitura no valor de R$ 44 mil, onde a testemunha relatou que mantém negócios com a empresa que vendeu para Prefeitura, mas explanou que só poderia falar das negociações de sua empresa e não do que aconteceu com a Prefeitura e a modelo pneus, empresa que comercializou para o município.
A segunda testemunha foi o tesoureiro da Prefeitura, Adilson Chaves, que seguiu os mesmos parâmetros de perguntas, primeiro a defesa e depois a relatora. O fato que Chaves respondeu foi o caso dos cheques da Prefeitura usados pelo Prefeito para pagar duas contas particulares, as folhas de número 461 e 462, onde o funcionário relatou na integra tudo que aconteceu, até o registro do boletim de ocorrência na delegacia de policia, que acabou sendo vinculado em toda imprensa.
A terceira e última testemunha foi a responsável pela Cooperativa de Trabalho, Elizonete Rodrigues, que respondeu os questionamentos exclusivamente sobre a contratação da Prefeitura sobre a Cotrasul, para o conserto de pontes, passarelas e bueiros no interior do município.
Com essas três testemunhas, a Presidente da CPP, vereadora Rosilda Freitas fez as considerações finais para encerrar a sessão e também para o advogado Edson Kosmann.
Mas esta reunião da CPP, não foi marcada somente pelos depoimentos, mas sim por alguns momentos onde os ânimos ficaram acirrados, principalmente quando uma testemunha disse que recebeu a ligação de um Secretário de Governo pedindo que o ele não comparecesse para testemunhar no dia marcado, que na opinião da comissão este fato foi uma intervenção da defesa que atrapalha o andamento da CPP. “ Este foi um fato lamentável”, disse Rosilda. Este acontecimento gerou uma manifestação contrária do Procurador do Prefeito, na tentativa de explicar o fato, no que acabou dizendo palavras que não agradaram o vereador Pedro Gaspar, que usou o seu pronunciamento para repudiar algumas declarações do advogado.
Desta forma, com o encerramento da sessão, os membros da Comissão se reuniram para decidir qual os tramites legais que a CPP vai tomar no que tange o não comparecimento das outras testemunhas. Os vereadores não descartam a utilização da justiça para notificar as testemunhas de defesa do Prefeito. Entre os depoentes que não compareceram está o Governador eleito de Santa Catarina, Raimundo Colombo e o Deputado Federal Marco Maia.

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