sábado, 29 de outubro de 2011

Após criticas pesadas da comunidade, Prefeito se defende


A intenção da Administração Municipal, segundo o prefeito Zauri Tiaraju de Castro (PT) era divulgar o município. Porém, a exibição do Jornal do Almoço ao vivo do Largo Farroupilha, na terça-feira, dia 25, data em que Caçapava comemorou 180 anos, gerou polêmica na cidade. As pessoas se manifestaram através das redes sociais, reclamando do valor que foi gasto com a apresentação do programa e das matérias que foram exibidas.
De acordo com o prefeito, as despesas com a realização da Semana de Aniversário do Município, no período de 17 a 30 de outubro, totalizaram R$ 51.407,00. Foram R$ 40 mil com mídia televisiva e Jornal do Almoço ao vivo; R$ 7.927,00 com chamadas durante a programação no Bom Dia Rio Grande, Bom Dia Brasil e Jornal Hoje (entre os dias 14 e 29 de outubro); R$ 3 mil com shows, sonorização e iluminação; R$ 480,00 com divulgação, folderes e cartazes.
- Desde início da campanha para prefeito de Caçapava (isso consta no meu programa de governo) uma das propostas era desenvolver o turismo na cidade. O poder público precisa incentivar, ser um animador do processo. Cabe a ele melhorar a infraestrutura de estradas, limpar a cidade, embelezar e tentar trazer empresas. Divulgar nosso município para que as pessoas tivessem conhecimento e curiosidade era o objetivo. Na área da educação, a Unipampa foi um veículo de grande divulgação. No esporte, para o vôo livre, a Prefeitura fez a estrada para subir no Morro da Angélica. Para instalação da Rede Vivo de Supermercados, o Executivo encaminhou para a Câmara um projeto solicitando a alteração do Plano Diretor. Também patrolamos as estradas para fazer os rodeios e este programa do aniversário de 180 anos de Caçapava foi dentro desta ótica: divulgar o município para o Estado - disse o prefeito.
Para Tiaraju, o valor desembolsado pela Prefeitura para as comemorações não foi alto. Segundo ele, normalmente não há divulgação nenhuma.
- No governo passado não teve divulgação, e a Prefeitura tem um recurso de R$ 60 mil por ano destinados para isso, o que considero muito pouco. Muitas atividades cresceram e ganharam destaque porque a Administração investiu nelas. Como o Carnaval, a Sentinela da Canção Nativa, o festival Pua de Ouro. Eventos que divulgam o município para outras cidades. Nesse mesmo raciocínio foi que promovemos a exibição do Jornal do Almoço, divulgamos a cidade: a Unipampa, o calcário, o turismo, a cultura, a ufologia. Não foram mostradas no programa as realizações da Prefeitura, porque esse não era nosso objetivo. O problema é que a cidade tem uma turma com dor de cotovelo, que é contra tudo. Pessoas que se recusaram a aparecer. A Prefeitura foi atrás e eles não quiseram participar. Inventaram uma desculpa e coisas assim eu não aceito, reclamo mesmo. Quanto ao investimento feito pela Administração para exibir o JA, foi muito caro para certas mentalidades. Porque não adianta usar o dinheiro dessa divulgação e colocar na Saúde. Se o município investir todo o orçamento na Saúde não resolveremos os problemas - declarou.
Tiaraju disse ainda que só não trouxe o Galpão Crioulo a Caçapava porque não teve recursos suficientes. E lamentou que em 2012 não poderá fazer promoções assim porque é ano eleitoral.
- A ideia não foi divulgar o prefeito, mas sim o município. Agora, porque eu sou famoso e saio bem no vídeo, não tenho culpa – concluiu Tiaraju.
Polêmica na rede As manifestações sobre a exibição do Jornal do Almoço invadiram a rede social facebook, logo após a apresentação do programa. A comunidade protestou sobre o valor pago, dizendo que este dinheiro seria melhor empregado se fosse usado para tapar os buracos da entrada da cidade e em investimentos na Saúde.
Confira alguns depoimentos: “Uma fortuna gasta para aparecer! Pontos turísticos, esportes, caieiras, até mesmo os buracos da cidade, nada foi mostrado!”
“E a entrada da cidade, aquele "porão", um lixo de cartão-postal...”
“Não pode ser verdade, R$ 40 mil por uns minutinhos na TV, deve ter algo errado, acho que eu entendi mal, com tantas desordens nessa casa, tantos buracos e ruas imundas...”
“A minha opinião é de que esse valor poderia ser investido na implantação de uma fábrica de azeite de oliva, que está fazendo falta e pode gerar emprego e renda... mas isso é uma questão de definir prioridades!”

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