Após profissionalização, reduz número de beneficiários do Bolsa Família em Caçapava do Sul

Fonte: Rádio Gaúcha

O município de Caçapava do Sul registra diminuição dos beneficiários do programaBolsa Família. São 264 famílias que deixaram de receber a transferência de benefício do Governo Federal no comparativo entre fevereiro de 2014 e o mês desse ano. Os dados, disponibilizados aos municípios no Sistema Único de Assistência Social, foram repassados pela secretária de Assistência Social, Rosa Lúcia Vivian.

Conforme a secretária, chama a atenção que muitos dos titulares procuraram a Assistência para pedir o desligamento. Ela acredita que redução se dá pela ênfase que o município tem dado aos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), apesar de não citar números. Entre março de 2013 e meados de outubro de 2014, foram 1,5 mil capacitados no Pronatec em cursos ofertados junto ao Sistema S. Na profissionalização, os alunos também saíram preparados para se tornarem empreendedores individuais, com noções de gestão e orientação sobre como buscar microcrédito para montar a própria empresa.

Em Santa Maria, a secretária de Assistência Social, Margarida da Silva Mayer, observa que a tendência também tem se mostrado de redução. Eram 10.022 beneficiários do Bolsa Família em 2013, 9.000 em 2014 e são 9.309 no balanço desse ano. Segundo Mayer, isso dá a ideia de que essas famílias viviam em vulnerabilidade social mais aguda, mas agora saíram dessa condição. Ela não cita relação direta com os cursos profissionalizantes, apesar de não descartar a possibilidade. 

Emancipação 

Em Caçapava, Vivian explica que, quando alguém deixa de receber o Bolsa Família por causa do aumento da renda, acontece a chamada "emancipação". Ao mesmo tempo que os desligamentos foram solicitados, a secretária afirma que é possível observar o aumento de autônomos, micro e pequenas empresas registradas junto à prefeitura. Ela destaca que a prefeitura também solicita às empresas que se instalam no município deem atenção aos currículos de quem passou pela profissionalização. A secretária afirma que vê no programa a maneira mais fácil de atingir os beneficiários mais jovens para oferecer a eles oportunidades de estudo e emprego:

"Tem gente que recebe o Bolsa Família há anos; esses dificilmente mudam a mentalidade, portanto buscamos trabalhar com os mais jovens, que têm cabeça mais aberta". 

Mayer ressalta que, apesar da redução no Bolsa Família em Santa Maria, as famílias continuam compondo do Cadastro Único (para famílias com renda até três salários mínimos), com acesso a outros benefícios. Nesse caso, o número de registros aumentou: eram 26.828 em junho de 2014 e, agora, são 28.328.