domingo, 10 de maio de 2015

ESPECIAL DIA DAS MÃES: Quando nasce uma mãe - por Carol Petrin

O nascimento de uma mãe é um período difícil de definir com exatidão. Cada mulher tem um momento específico para entrar em um mundo mágico de roupinhas pequenininhas, fraldas e brinquedos. Um novo mundo, frágil e delicado. Um novo ser vivo, que tem o amor incondicional por aquela que o carregou durante nove meses no ventre.

Tem mães que nascem logo após aquela tensão do teste de gravidez de farmácia. Elas abrem a embalagem daquela tarjeta de papel que detecta o hormônio identificador de bebês, o Beta HCG e dentro de instantes aparecem as linhazinhas que irão mostrar como será o futuro delas.

Algumas não tem a sorte de encontrar o resultado positivo no teste de farmácia, aí elas partem para o laboratório e uma simples coleta de sangue é capaz de identificar quantas semanas o pequeno feto em formação está.


Muitas vezes a ficha não cai de imediato, afinal é como se em um piscar de olhos, tudo começa a mudar. Tudo mesmo. É uma mudança vagarosa e gradual. Física, psicológica e emocionalmente.

O principal foco da vida delas passa a ser o acompanhamento pré natal, a ecografias mensais, a alimentação rica em vitaminas, as fotografias que eternizam o tamanho da barriga e que fazem com que se acompanhe a evolução deste período tão importante para a mulher.

Preocupações? Existem muitas. A saúde do bebe, o frio da barriga no momento do parto, quem serão os padrinhos, como organizar a casa, conciliar a vida profissional com a pessoal e a maternidade. Ufa! Mas estes são apenas algumas preocupações que a mãe já tem antes mesmo daquele serzinho pequenininho nascer.

Todas essas preocupações tornam-se nada ao escutar o choro do bebe no momento do parto, a primeira troca de olhar e carícias revelam um futuro de muito amor e a aquela sensação que é necessário proteger este pequeno ser.
O certo é que a maioria do público feminino nasce com essa sensação de proteção, também chamada de instinto materno, aflorado ainda na infância, quando as meninas se tornam mães de bonecas, cuidam, dão banho, papinha e colocam para ninar.

Não existe um momento certo para ter um filho, por mais que muitas esperem o momento certo, quando chega a hora, independente de planejado ou não, a alegria toma conta. O coração começa a fazer parte da barriga, onde um pequeno ser está em formação.

A emoção não tem tamanho, os chutinhos ainda dentro da barriga, olhar o bebe no ultrassom e até mesmo a sensação que outra pessoa tem quando coloca a mão na barriga e sente o neném em movimento. Todo isso emociona e aumenta os laços de afeto.

O fato é que quando nasce uma mãe, nasce uma mãe para a vida inteira, com um amor maior do que tudo, uma afetuosidade sem tamanho por um ser pequenino e dependente. Um amor que não era conhecido e que transforma e vira a mulher, agora mãe, do avesso. 

Mas, nascem também todas as inseguranças, alegrias, culpas, maravilhas e encantamentos possíveis, é uma mulher diferente que se apresenta ao mundo, um brilho no olhar diferente e mais carisma fazem com que as mães sejam identificadas. E assim é simples afirmar que quando nasce um bebê, nasce também uma mãe.

Para muitas, o nascimento passa a ser o momento exato em que se torna mãe. Aquele dia que a alegria supera a dor, que a expectativa se torna realidade.

Quando colocam nos braços dela um bebe pequenininho, extremamente dependente, a pessoinha mais linda do mundo. E com todo orgulho ela pode dizer que foi ela que fez, detalhe por detalhe durante nove meses de “produção”.

Na verdade há uma interação entre o biológico e o cultural, a mulher terá que se tornar mãe em seu psiquismo. Pois ocorre uma mistura de sentimentos, angústias, incertezas, felicidade e plenitude sem sim. E quem já é mãe sabe que no começo o sentimento inicial é de desamparo por não saber bem como e o que fazer, sente-se angústias e dúvidas sobre amamentação, sobre o sono, cólicas e muitas outras questões.

Mas não nasce apenas filhos, mães e dilemas, nasce o colo, o chamego, a mudança de ritmo, a ilusão de que se é mulher elástico, nasce um amor, um amor que não dá para medir e nasce uma história uma nova história com muitas particularidades e momentos especiais.

Este ano, o Especial do Dia das Mães do Jornal do Pampa é mais que um especial, é praticamente um relato da reportagem que esteve “grávida” e descobriu o momento exato em que uma mulher se torna mãe, quando os dias passam a ter mais cor, quando as sensações de um ser tão pequeno são capazes de modificar maneiras de agir e pensar.

Passando por dias em que os hormônios estavam à flor da pele, fechamentos de edições com direito a chutinhos, reportagens na rua com acompanhamento de uma “repórter mirim” em formação.

A todas as mães, a equipe do Jornal do Pampa deseja um domingo muito especial, presenteado pelo amor dos filhos, na certeza que este é o real significado da palavra amor, o carinho incondicional que a mãe tem pelo seu filho, que não importa a idade que eles tenham, sempre serão os bebês da mamãe.


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