sexta-feira, 27 de novembro de 2015

1º de Dezembro: Dia Mundial da Luta contra a AIDS

A luta é de todos nós!

Neste mês de dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Cada um de nós pode e deve contribuir nessa batalha. Como? De dois jeitos:
Usando camisinha em todas as práticas sexuais e fazendo o teste de HIV uma vez ao ano, ou quando existir suspeita de infecção ou exposição a fator de risco.
Parecem tarefas simples, não é mesmo? Porém se tornam complexas devido a todas as questões emocionais e sociais envolvidas.
O comportamento preventivo de usar camisinha ainda hoje enfrenta sérios obstáculos. O saudável seria homens e mulheres, de qualquer idade, usarem a camisinha em todas as práticas sexuais desde a iniciação sexual.
Mas para muita gente essa ideia não é levada a sério. Pelo contrário: na maioria das vezes o incentivo é justamente o oposto. A fim de seduzir e convencer o não uso da camisinha muitas pessoas alegam que relações estáveis não precisam destes cuidados, que a relação pode ser mais prazerosa sem a prevenção, que o não uso é uma prova de confiança, que o HIV só pega nos outros e tantas outras falas e pensamentos deste tipo.
O vírus HIV não escolhe idade, raça, aparência, estado civil, nem sexo. A AIDS é uma doença que qualquer pessoa pode se contaminar, principalmente se praticar sexo sem camisinha. Ou seja, é melhor não arriscar.
Na verdade dá sim para fazer da camisinha uma presença constante nas nossas relações, fazendo parte do erotismo e da sedução que envolve o ato sexual. Concordo que seria melhor poder manter nossas práticas sexuais sem isso, mas a realidade da saúde mundial atual não é essa.
Em relação ao teste HIV, quanto antes o fizer, melhor será. Apenas com uma gota de sangue colhida do dedo já dá para saber, em menos de 30 minutos, se a pessoa tem HIV, o vírus da Aids, ou não. O teste de HIV está disponível nas unidades de saúde e ele é gratuito, não precisando de preparo, jejum nem requisição médica, sendo de caráter seguro e sigiloso.
Então qual o problema? Muitas vezes é decidir e ter coragem para ir, fazer o teste e enfrentar o resultado. É enorme o número de pessoas que nunca se testou. E é gigantesca e assustadora a quantidade de pessoas que desconhece o fato de ser portadora do vírus da Aids.
De acordo com o Ministério da Saúde, acredita-se que no nosso país há mais de 750 mil portadores de HIV e, desses, uma média de 200 mil não sabem que têm o vírus. Virar esse jogo é fundamental para o controle da doença.
Desde o surgimento da AIDS, no início dos anos 80, uma significativa transformação na forma de ter prazer a dois passou a existir. E quem é esperto não pode ficar de olhos fechados para essa realidade. Muito menos se render ao pensamento mágico de ser imune ao HIV pois é certo que correr o risco não vale a pena.
A AIDS tem tratamento e aqui no Brasil as medicações são gratuitas, ou seja, o portador do HIV pode seguir em frente com bem-estar e qualidade de vida. Mas a Aids é uma doença que ainda não tem cura nem vacina. Também não é tão simples conviver com tudo o que o processo de tratamento exige.
Para quem se angustiou ao ler essas linhas, fique tranquilo que dá para reverter o jogo. A idéia aqui é ampliar a reflexão sobre esse assunto tão delicado e tão atual mas que muita gente anda deixando de lado. A ideia é fazer um alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, além de um chamado para a mudança de atitude.
O próximo passo depende de você: para quem não usa camisinha, vale rever essa ideia e começar a usar já na próxima relação. Para quem está com medo de ter o vírus HIV e não saber disso, vale procurar uma unidade básica de saúde ou a Policlínica Municipal – nas quintas-feiras das 8hrs às 11hr - para fazer o exame. Saber o resultado só faz bem: dá um imenso alívio para quem descobre que não é portador do HIV, e dá a oportunidade de começar imediatamente um tratamento para quem descobre que é.

Tenha coragem para entrar nessa luta!

Cristiane Campos

Psicóloga DST/AIDS/HV – Caçapava do Sul-RS

Nenhum comentário:

Postar um comentário