A convite da Federação dos trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Votorantim Metais Holding realizou a 42ª apresentação do Projeto Caçapava do Sul. O encontro reuniu membros de diversos sindicatos dos trabalhadores rurais da região, entidades de pesquisa e representantes do governo do Estado na sede da Associação de Trovadores Rui Teixeira de Freitas, nesta quarta-feira (24/08), em Caçapava do Sul.
“Este será o primeiro empreendimento, no Brasil, totalmente sem barragem de água e rejeitos”, respondeu Paul Cézanne, líder do projeto, a uma das participantes que questionou a respeito do uso de barragens. “Usaremos pilhas a seco para armazenar o estéril (material não mineralizável) e o rejeito do beneficiamento, que saírem da mina”, completou.
Quanto a um possível impacto da operação no Rio Camaquã, ele esclareceu que não haverá qualquer tipo de descarte na bacia. “Toda a água gerada na operação será tratada e 100% reutilizada na planta”. Cézanne também detalhou o programa de segurança para o transporte da carga. “O concentrado será armazenado em grandes bolsas de 25 toneladas, lacradas e acomodadas em contêineres fechados, e, posteriormente, transportado por caminhões até o Porto de Rio Grande.
Cézanne ainda comentou sobre o Plano de Gestão Fundiária, elaborado pela empresa, para dialogar com os proprietários das áreas onde está localizada a jazida polimetálica, após a conclusão do licenciamento ambiental. “Dependemos da licença para avançar no diálogo com os superficiários”, explicou o engenheiro de Minas da VMH. “Nossa expectativa é ter a Licença Prévia em mãos até 2017”, reiterou.
Braço social
Durante o encontro, o líder do Projeto também apresentou o Programa ReDes – uma parceria entre o Instituto Votorantim e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o apoio das Empresas Votorantim. A iniciativa está presente em 28 localidades nas cinco regiões brasileiras e já atingiu 2 mil famílias.
O ReDes apoia a estruturação de negócios inclusivos, por meio da articulação de cadeias produtivas e investimento em projetos. A metodologia contempla a participação da comunidade em todas as etapas do programa, dando transparência e gerando articulação entre os três setores da sociedade – governo, iniciativa privada e terceiro setor.
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